A Cris e eu fizemos nossas inscrições e menos de uma semana depois eu tive a certeza de que a dor que vinha me incomodando há meses era a tal da Síndrome do Trato Iliotibial. Resumindo, tive de parar de treinar por um tempo e comecei a fazer fisioterapia motora (nada de fisioterapia de convênio que, normalmente, só trata a dor/consequência, mas não trata a origem/causa).
Falei ao meu fisioterapeuta (Felipe, da Reaction Fit) que em 3 semanas eu teria uma prova de montanha pela frente, e que estaria contente se eu pudesse ao menos andar durante toda a prova. Ele então disse que traçaria um planejamento para que eu conseguisse não apenas andar, mas trotar durante a prova, e que isso serviria como um teste para saber como meu corpo estaria reagindo ao tratamento. "Maravilha", pensei, "agora é só ir pra Monteiro Lobato!"
Eu sei que, graças a esse papo todo de lesão, ficar de molho e etc., acabamos nos esquecendo de procurar hospedagem para a prova, e quando tentamos fazê-lo tivemos a ingrata notícia de que todas as (pouquíssimas) pousadas de Monteiro Lobato estavam lotadas.
Por coincidência, uma semana antes, num treino especial da JVM no Pico do Jaraguá, conhecemos a Karine, que também iria correr, mas não tinha ainda como ir e onde ficar. Trocamos contatos e etc., e numa coincidência maior ainda descobrimos que o noivo dela tinha um irmão que estava construindo uma casa em Monteiro Lobato! Quais são as chances?
No sábado, para celebrar que tudo deu certo com a estadia, fomos almoçar num restaurante de comida mineira ("Tia Nastácia", creio eu). Atletas que somos, mandamos ver nos torresmos, polentas, feijoada, pernil, costela com mandioca e todas as demais iguarias light da culinária regional. Confesso que a comida estava tão gostosa, que nem deu pra sentir remorso por comer tanto antes da prova!
No dia da prova, acordamos cedo, tomamos nosso café da manhã e nos dirigimos para o local do evento (+/-10km de distância de onde estávamos).
Eu havia decidido que correria a prova inteira ao lado da Cris, para evitar que eu me empolgasse demais e saísse correndo em disparada, colocando em risco todo o tratamento que tinha feito até então. A Cris disse que por ela não haveria problema, e assim fizemos.
Largamos juntos e nos primeiros 2km, em asfalto, tive um pouco de dificuldade para acompanhar o pace dela, afinal, fazia tempo que não corria.
Pouco depois começaram as estradas de terra, pastos, mata densa, lamaçal e uma escalada em trilha recém aberta, bem escorregadia, onde tínhamos de nos segurar nas raízes e cipós para conseguir avançar.
Demoramos um pouco para acharmos um ritmo confortável para ambos. Até acharmos esse ritmo, confesso que houve momentos de tensão no ar! (rs)
É difícil correr ao lado de alguém que tem ritmo e condicionamento diferente de você. Mas no final deu tudo certo e ainda cruzamos a linha de chegada ao mesmo tempo, de mãos dadas!
É difícil correr ao lado de alguém que tem ritmo e condicionamento diferente de você. Mas no final deu tudo certo e ainda cruzamos a linha de chegada ao mesmo tempo, de mãos dadas!
Voar, voar, subir, subir |
Foi muito gostoso poder correr aqueles 12 pesados quilômetros lado a lado com ela!
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