E então que, motivados pelo nosso novo vício, resolvemos correr uma prova de montanha no feriado da páscoa!
Destino: a pitoresca Paranapiacaba!
Havia já algum tempo que queria conhecer o local. E aliar a visita cultural à corrida era uma excelente forma de matar dois coelhos com uma pedrada só (não se preocupem! Nenhum coelho foi ferido durante essa prova no feriado de páscoa! Se você não ganhou ovo, a culpa não foi minha).
Diferentemente do que normalmente ocorre, essa prova teria início na parte da tarde. Assim, tivemos tempo de almoçar e pegar a estrada com calma até o local do evento.
Além da prova de 12km (para a qual estávamos inscritos), haveria uma prova curta (8km, se não me falha a memória) e um endurance de 50km, cuja largada tinha sido dada pela manhã.
Como estréia efetiva* nas provas de montanha no Brasil, Paranapiacaba não deixou nada a desejar!
Para início de conversa, o percurso teve de ser alterado - de 12km para 14km. Detalhe: Nós estávamos treinando para correr 10km e nossa ideia era "quem corre 10km, corre 12km"...na hora tivemos de alterar a filosofia para "e quem corre 12km, corre 14km. Certo?"
E lá fomos nós!
A prova tinha tudo o que uma prova de montanha tem a oferecer: paisagens belas, subidas sem fim, longos trechos por dentro de riachos (com água na cintura, em alguns pontos), erosões e lama, muita lama escorregadia.
A prova tinha tudo o que uma prova de montanha tem a oferecer: paisagens belas, subidas sem fim, longos trechos por dentro de riachos (com água na cintura, em alguns pontos), erosões e lama, muita lama escorregadia.
Fiquei feliz de estar calçado com meus Asics Fuji Racer! O sistema de drenagem e o solado específico ajudaram bastante (não, o post não é patrocinado! rs É que acho importante ressaltar que calçados específicos para provas off road fazem a diferença... Perguntem pra Cris, que correu de Nimbus! rs).
Pouco depois da largada já tivemos de encarar uma 'subidinha' - daquelas que te fazem botar a língua para fora da boca. Na sequência uma descida em estrada de terra um tanto quanto agressiva e ao término dessa descida nos deparamos com uma fila... sim, uma fila! rs
A fila era para acessar um single track (de não mais que 10m) e então entrar no rio.
Devo ter perdido uns bons 3 minutos nessa fila. E quem tentava "cortar" a fila era prontamente vaiado. Bom, considerando que aquilo era uma competição, não fazia o menor sentido aguardar minutos e minutos em fila até poder "cair na água" só porque algumas pessoas estavam com nojinho ou indecisas sobre qual a melhor forma de entrar no rio (acredito que na cabeça dessas pessoas deviam passar algumas dúvidas filosófico-existenciais do tipo: "será que preciso molhar os pulsos antes, pra evitar choque térmico?" ou "ai, não acredito que vou ter que molhar a meia antes de completar 2km de percurso").
Pouco depois da largada já tivemos de encarar uma 'subidinha' - daquelas que te fazem botar a língua para fora da boca. Na sequência uma descida em estrada de terra um tanto quanto agressiva e ao término dessa descida nos deparamos com uma fila... sim, uma fila! rs
A fila era para acessar um single track (de não mais que 10m) e então entrar no rio.
Devo ter perdido uns bons 3 minutos nessa fila. E quem tentava "cortar" a fila era prontamente vaiado. Bom, considerando que aquilo era uma competição, não fazia o menor sentido aguardar minutos e minutos em fila até poder "cair na água" só porque algumas pessoas estavam com nojinho ou indecisas sobre qual a melhor forma de entrar no rio (acredito que na cabeça dessas pessoas deviam passar algumas dúvidas filosófico-existenciais do tipo: "será que preciso molhar os pulsos antes, pra evitar choque térmico?" ou "ai, não acredito que vou ter que molhar a meia antes de completar 2km de percurso").
Não sei ao certo por quanto tempo (e distância) ficamos dentro desse rio, mas depois dele voltamos para a estrada de terra por um curto espaço antes de acessar as trilhas. E aí a coisa ficou bonita de se ver! Muitas erosões e subidas intermináveis, tudo com muita lama!
Se estiver com nojinho de sujar os tênis, fique em casa! |
No caminho era comum as pessoas se ajudarem e informarem quando existia algum obstáculo inesperado (algum galho sacana ou um buraco camuflado), algo que achei muito bacana.
Também foi possível ver o lado negro e egoísta do ser humano movido pela
competição cega e irrefreável. Em muitos trechos da trilha era impossível abrir
passagem para um corredor que viesse de trás, sob pena de escorregar na lama e
cair no fundo de uma erosão. Mesmo assim havia uma corredora que praticamente
empurrava os demais corredores enquanto gritava “SAI! SAI!!!” (pois é, nem
mesmo um “com licença”)... mas como aqui se faz e aqui se paga, logo em seguida
essa corredora pisou em falso e mergulhou na lama de cara e tudo. Passei por
ela (sorrindo internamente) e não mais a vi! rsrsUm flash desse no meio da floresta é a receita certa para um tombo por cegueira temporária! rs |
Para coroar o evento, o km final da prova era em declive, o que é genial, pois mesmo que você tenha andado a prova inteira (e é totalmente normal andar em provas de montanha, né), o fato de você correr "desembestadamente" até a linha de chegada dá uma sensação de que você correu em ritmo alucinante durante toda a prova! rs
Foto digna de capa de revista, diz aí! rs (eu vi o fotógrafo na esquina, ajeitei a postura e apertei o passo rs) |
Enfim, fomos, corremos, sobrevivemos e confirmamos que nossa praia é mesmo a montanha!
Bom, agora me deem licença que vou ali comer meu ovo de páscoa com Tandrilax e depois eu volto! rs
Bom, agora me deem licença que vou ali comer meu ovo de páscoa com Tandrilax e depois eu volto! rs
2 comentários:
Gezuis-nossa-senhora-e-os-anjinhos-tudo-no-céu: me protejam!!!!!
Dona Madame, elevar os pensamentos e pedir proteção divina pode ajudar, mas não se esqueça de manter os olhos na trilha! rsrs
Divirta-se na prova!
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