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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Relato: A primeira vez a gente não esquece - Desafio em Montanha Campos do Jordão

Uma das coisas que mais gosto nas corridas em montanha  - é bem difícil dizer o que gosto mais - é a possibilidade de aliar turismo e esporte.

A prova seria no dia 11/05, véspera de dia das mães, mas como minha mãe estava viajando, não tive conflito de agenda!

Sexta feira à noite subimos para Campos do Jordão, Cris, Shigueo (meu sogro) e eu.

Nosso hotel ficava duas quadras distante do local escolhido pela Ritmo Certo para a largada do Desafio em Montanha Campos de Jordão 2013. E bota desafio nisso! Aliás, desafio e desafRio! 
Acordamos mais cedo para retirar os kits e a grama estava esbranquiçada. O termômetro marcava parcos 3ºC!



A temperatura foi aumentando gradualmente e, por volta das 9h30, horário da largada, o termômetro já marcava agradáveis 11ºC.


O desafio compreendia 3 provas: 10km, 21km e 42km. 
Tiro meu chapéu para quem correu os 21km e 42km, pois o percurso dessas provas envolvia subir e descer os Picos do Diamante e do Itapeva. Fácil, hein!

Bom, desde a prova de São Sebastião, quando machuquei a perna, havia tentado treinar uma só vez, e a dor não me permitiu trotar nem por 5km... maaaasss, como já estava inscrito pra prova dos 10km besuntei meu joelho de Air Salonpas (pareço garoto propaganda, né?), engoli o choro e encarei o desafio de frente.



Na hora da largada, Cris e eu trocamos nosso habitual selinho de boa sorte, sorrimos para a câmera do Shigueo - que estava nos 'tietando' rs - e sebo nas canelas, cada um no seu ritmo.



A corrida já começava em aclive, e o coração foi à boca! O frequencímetro marcava 187 bpm (o máximo que já havia marcado tinha sido 184 bpm durante o teste de esforço ergométrico!). Intercalei a corrida com caminhadas eficientes (pra poupar as pernas, o pulmão e o coração) e ainda assim o frequencímetro acusava 178 bpm (enquanto minha frequência de caminhada costuma ser 155 +/-). Em determinado momento percebi que olhar para os batimentos estava me deixando mais nervoso e coloquei o Polar (FT1) pra mostrar só o cronômetro mesmo.

Até aquela data, não me lembro de ter andado tanto numa prova! 
O gráfico altimétrico mostra uma 'montanha russa' com três aclives e três declives principais, mas não conseguia recuperar nas ladeiras o tempo perdido caminhando, pois eram justamente as descidas que me agrediam mais.



E durante todo esse tempo eu estava preocupado com a Cris, já que os batimentos dela em repouso já são extremamente altos. Ficava com medo de ela passar mal, sozinha, no meio do nada...

E assim, em um momento preocupado com meu joelho, no outro preocupado com a Cris, e nos intervalos apreciando a paisagem que aquele belo dia de sol proporcionou, passaram-se os 10km.

Nos metros finais era possível ouvir a empolgante locução do Maquininha ("dói tuuuuuddoooo nessa hora"), anunciando cada corredor pelo nome e sobrenome.



Parei o cronômetro, que marcava 1h08:37, me alonguei, tomei água e fui pra tenda do Kleber e da Leda, da Ecoclub, onde meu sogro nos aguardava. Sentei no banquinho e coloquei gelo no joelho enquanto aguardava a Cris. Pude respirar aliviado quando, 20 min depois, a Cris cruzou a linha de chegada sorrindo (e mostrando um arranhão na perna, fruto de um tombo).



Ficamos conversando ali na tenda e algum tempo depois chegou o Kleber, que havia corrido os 21km (cuja largada foi mais cedo). Continuamos ali, trocando figurinhas enquanto a cerimônia de premiação acontecia e, de repente, não mais que de repente, ouço meu nome!




Surpresa: fiquei em terceiro lugar na faixa etária de 18 a 29 anos! Meu primeiro pódio! Felicidade indescritível! Se eu já estava feliz em terminar a prova sem quebrar, imagine subir ao pódio!

Ainda tentei confirmar se não tinha ouvido errado e o Maquininha chamou meu nome novamente. Subi a escada até o pódio ainda meio tremendo de excitação e incredulidade! rs

3º? Confirma produção?"


Nessa prova, estreei meu Fuji Attack, mais robusto e melhor amortecido que o Racer, e já o coloquei na minha lista de itens da sorte! rs

Como a prova acabou no sábado pela manhã, ainda tivemos 1 dia e meio de passeio em Campos (pro Shigueo não reclamar que chamamos ele para um programa de índio! rs).

E Maquininha estava certo... dói, dói tudo nessa hora (e principalmente nas 48h seguintes!).

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