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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Relato: Descendo a serra antes de subir a montanha

Após as dores decorrentes da prova de Paranapiacaba passarem (e acreditem, doeram músculos que eu nem sabia que existiam!), resolvemos correr também a etapa São Sebastião da Copa Paulista de Corridas de Montanha, em 28/04/13.

Coincidentemente, meus amigos estavam organizando de passarmos um final de semana em Boiçucanga e calhou de tudo encaixar direitinho. De fato, a casa que alugamos ficava menos de 10 min andando do ponto de largada!

O problema é que vinha me queixando de um incômodo na lateral externa do joelho direito fazia duas semanas (depois de um treino no qual me empolguei com pares de tênis novos e corri 16km em desnível e ritmo médio-forte ao invés dos habituais 10km em ritmo moderado...).
Comprei um Air Salonpas, grudei ele no meu "cinto do Batman" (uma cinta de hidratação da Kalenji) e parti pro abraço.

A prova já começou com um belo desafio: correr 500m em areia fofa, no meio da muvuca da largada! Depois disso, corremos mais 1km em asfalto e pegamos umas ruas de terra. Dali, entramos num riacho e serpenteamos dentro dele por mais 1km. Novamente fui feliz na escolha do Fuji Racer (e dessa vez, convenci a Cris a entrar na minha onda! rs). Assim que saí do rio, toda a água escoou pelos furos do solado, e os tênis ficaram leves como antes.








Por mais ou menos 6,5km o perfil da prova foi relativamente plano e, de repente, surgiu um morro à nossa frente!  Basicamente, tivemos de subir dos 0m aos 240m de altitude em menos de 1km. Haja panturrilhas (e glúteos!), mas foi para isso que viemos, certo?

A paisagem do alto do morro era demais! Dava pra ver a praia de Boiçucanga lá embaixo, o mar à esquerda, e mata por todos os outros lados. Só não dava pra ver por onde é que iríamos descer!!
E então, do nada, aparece uma rampa quase vertical, com uma trilha escorregadia, beirando um oleoduto. Aquela era a nossa rota de descida! E lá fomos nós descer dos 240m a 0m de altitude em 800m (um tropeço ali e você só iria parar dentro d'água! rs).








Foi aí que meu joelho direito gritou e me xingou muito. Mandei ver no spray de Salonpas e tapeei um pouco a dor até chegar lá embaixo, onde ainda tínhamos de encarar mais 500m de areia fofa até a chegada (pelo menos encontrei um companheiro e viemos conversando o trecho final, para amenizar o sofrimento!).



Sofrimento estampado na cara




Foram 11,5km, que fechei em 1h20:21. A Cris veio logo depois, com 1h45:19.

Tiramos umas fotos, aguardamos a premiação e voltamos pra casa alugada, onde nossos amigos ainda estavam acordando e se preparando para pegar uma prainha.


À noite, voltando para SP, pegamos um trânsito monstro e após ficar 4h sentado na mesma posição, quando fui descer do carro minha perna simplesmente não esticava mais! Tentei apoiar meu peso nela e quase caí! Fui ao médico alguns dias depois e fui formalmente apresentado a um "amigo" que me acompanharia por algum tempo: Síndrome do Trato Iliotibial...

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