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segunda-feira, 9 de março de 2020

Relato: Ladeiras da Penha Etapa Mairporã

Quando eu disse no último relato que correr o Desafio de Revezamento Mutukas despertou em nós o desejo de voltar a treinar e voltar a correr provas, eu não estava brincando.

De fato, mal chegamos em casa depois do revezamento e já fizemos nossa inscrição para a Ladeiras da Penha - Etapa Mairiporã, dali a 3 semanas.

Levou tanto tempo pra voltarmos a sentir essa vontade que não poderíamos correr o risco de deixar essa chama se apagar, então não perdemos tempo e fizemos nossas inscrições.

Com as inscrições feitas, a motivação para voltar a treinar meio que veio no pacote e, de repente, a gente se viu animado pra treinar mesmo de segunda ou de sexta-feira (dias que costumamos tirar pra descansar), e embaixo de chuva. Que saudades estávamos de ter esse comprometimento pessoal e essa motivação!

Com relação à escolha de nossa próxima prova, bom, ao chegarmos em casa eu abri o calendário da AdventureMag e vi que a Ladeiras cairia bem na janela que a gente tinha. E como já fazia bastante tempo que ouvíamos amigos comentando sobre as provas dessa organização, resolvemos matar a curiosidade. Claro que o fato do valor da inscrição ser extremamente competitivo também chamou a nossa atenção e tornou a decisão mais fácil, né!

Inscrições feitas, kits retirados, lá fomos nós para Mairiporã para ver quanto de evolução seria possível em 3 semanas de treinos leves (com um tal de carnaval pegando quase metade do período treino 😂).

Logo de cara a primeira impressão que tivemos era a de que estávamos correndo uma prova trail pela primeira vez na vida. rs
Só isso para explicar que, numa prova com 900 inscritos, a gente conhecesse só uma pessoa (Portuga)!

Ok, depois que a prova terminou, encontramos pelo menos mais umas 4 pessoas conhecidas, mas num universo tão grande de inscritos, foi bastante curioso conhecer tão pouca gente... afinal, estamos no trail há mais de 7 anos! Isso mostra o tanto que o esporte está crescendo nesses últimos tempos (e só podemos torcer para que esse crescimento seja sustentável e que, junto com o aumento no número de praticantes, aumente a consciência de que é preciso preservar as trilhas #lixonolixo).

Enfim, a prova contava com 3 distâncias (7, 14 e 21km). Aguardamos a largada dos 21km e alguns minutos depois alinhamos para a nossa largada. Desejei boa prova para a Cris e, ao fim da contagem regressiva, parti para a minha prova (muita gente acha que corremos juntos, mas a verdade é que apenas largamos juntos e depois cada um faz sua prova).

Parti receoso, pois a Cris havia manifestado um pouco de fraqueza logo antes da largada (talvez por conta da alimentação não muito regrada no dia anterior ou por conta do pouco tempo de sono), e parti sem pressa, sendo ultrapassado por bastante gente nesse início da prova.

Saímos do Clube de Campo de Mairiporã e seguimos por vias pavimentadas por mais ou menos 2km até a entrada da primeira trilha - a Trilha da Saracura. Nesse paredão, subindo sem refresco por aproximadamente 2km, com mais de 300m de ganho, eu aproveitei para apertar um pouco o passo e consegui ganhar muitas posições. Infelizmente, logo na sequência voltamos para o estradão e, ali, eu não tinha vantagem nenhuma. Na estrada eu não rendia nada e, de todo modo, tinha feito só 4km dos 14km do percurso, então não adiantava forçar a barra tão cedo. Segui trotando nessa área residencial e notei o percurso estava muito bem marcado, com fitas zebradas e setas de cal no chão e bombeiros em pontos chave.

Após um trecho na estrada de terra, na altura do 6º km, havia uma placa grande sinalizando que o percurso deveria abandonar a estrada e descer por um "pasto". As fitas zebradas também não deixavam dúvidas disso. Não havia uma trilha batida no morro, mas a cada poucos metros havia uma fita zebrada amarrada na vegetação, logo, bastava descer por ali em meio à vegetação mesmo.

Ao fim do morro, voltamos para a estrada, às margens da Fernão Dias, onde havia uma staff anotando os números de todos os corredores que passavam por ali.
Aproximadamente 1km depois, novamente numa área residencial, reparei em uns 3 corredores vindos de uma rua aleatória e entrando na mesma via em que eu estava. No momento não reparei no número de peito (para cada distância havia uma cor diferente no número de peito) e cheguei a pensar que esses corredores estavam correndo em outra distância ou tivessem saído do percurso para ir ao banheiro ou para comprar água e estavam apenas voltando para o percurso correto... até porque, havia uma staff ali e o chão estava marcado com cal indicando que aquela rua não fazia parte do percurso oficial dos 14km.

Segui correndo pela estrada e reparei que comecei a ultrapassar corredores que, visivelmente, "não deveriam estar na minha frente". Pela força que eu fiz pra subir aquela trilha e pelo ritmo que eu vinha correndo nas estradas (embora não fosse nada alucinante), não fazia sentido que eu estivesse ultrapassando agora atletas que intercalavam trote e caminhada na estrada relativamente plana, por exemplo. Fora isso, desde a saída da Saracura que os corredores estavam bastante espaçados na minha frente e, de repente, ao sairmos da estrada e entrarmos na próxima trilha - a trilha do Pico do Olho D'água - fui surpreendido com uma enorme fila de corredores caminhando.

As peças se juntaram e concluí que uma boa leva de corredores errou o caminho.


terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Relato: Desafio Mutukas de Revezamento

Quem nos acompanha sabe que há tempos estamos numa luta interna para encontrar motivação para voltar a treinar de verdade. Ficamos mais da metade de 2019 parados e, desde que voltamos a correr, em outubro do ano passado, estamos com sérias dificuldades para retomar o ritmo e a disciplina de treino - o que é bastante ruim para quem treina por conta própria.

Bom, pode ser que eu esteja me precipitando aqui, mas me parece que esse ciclo de bode finalmente se encerrou! E o responsável por isso foi o Desafio Mutukas de Revezamento, realizado em Campos do Jordão no último domingo.

Não que a gente não tenha feito outras provas legais desde que voltamos a correr (muito pelo contrário!) mas o que acontecia era que a gente participava da prova, sofria um bocado, achava fantástico estar de volta no ambiente que a gente tanto ama, mas no fim das contas nada mudava internamente. A chama continuava fraca, a vontade de treinar também e a vontade de participar de outras provas como atleta era quase zero.

Aí veio o Desafio e, tcharan!, de repente viramos a chavinha mental!



Não saberia pontuar exatamente o que despertou essa mudança. Só sei dizer que saímos de lá animados, com vontade de voltar a treinar de verdade e com vontade de voltar a participar de provas, e é isso o que importa!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Relato do convidado - Francisco Avelino Jr. como pacer na BR135 2020

Não vou perder muito tempo com introduções.

Vocês já conhecem o Francis. Ele já apareceu em alguns relatos meus, já apareceu em alguns vídeos, e não olhe para trás agora, senão ele pode aparecer aí também! 😆

Pois bem, eu estava precisando de um ombro amigo, um par de pernas resistentes e uma cabeça pensante e bilíngue para me ajudar a ajudar uma atleta na BR135 2020 e eis que o Francis apareceu mais uma vez.

Estourem a pipoca, peguem uma bebidinha e aproveitem esse relato! Está primoroso!

Com vocês, Francisco na BR135: