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terça-feira, 31 de março de 2015

Introdução Trail Adventure Chile - Torres del Paine

Finalmente é chegada a hora de escrever sobre a prova que venho pentelhando vocês desde outubro!
Mal posso acreditar que, após tanta expectativa, a prova enfim aconteceu!

No entanto, antes de passar ao relato da prova propriamente dito acho justo fazer uma introdução sobre como foi a semana que antecedeu a prova - preparem-se, são muitas fotos! Então, vamos lá:

O tempo voou e desde que fomos autorizados a voltar a correr - o que ocorreu em janeiro de 2015 - fomos acumulando quilometragem de pouquinho em pouquinho, com a intenção de chegarmos inteiros para a nossa prova alvo do primeiro semestre: Trail Adventure Chile.

Partimos literalmente do zero e tivemos que reaprender a correr. Começamos fazendo 3 treinos de 25 min por semana em janeiro e nessa época chegamos a cogitar abandonar o esporte... tudo era difícil e dolorido; não conseguíamos encaixar ritmo algum, por mais leve que fosse; cada semana era uma dor diferente no corpo e logo achávamos que seria o início de outra lesão...
Com o tempo o treino foi progredindo, mas ainda assim tínhamos muito pouco tempo para qualquer tipo de treino específico para a missão que havíamos escolhido. Vejam bem, nem quando estávamos devidamente treinados, antes das lesões, havíamos corrido algo tão longo ou com tanto acúmulo de altimetria.

Nosso objetivo era conseguir fazer pelo menos um treino longo (na casa dos 18km) até o meio de março, para chegarmos mais confiantes para a prova. Contudo, nosso planejamento não foi fielmente cumprido e o máximo que havíamos efetivamente corrido até uma semana antes da prova havia sido 12km.

Chegamos ao Hotel Las Torres, a luxuosa base logística da Trail Adventure Chile, na tarde do dia 24/03. O dia estava tão bonito (tão tão bonito que o próprio motorista da van parava para tirar fotos! rs) que resolvemos deixar o cansaço da longa viagem (DEZESSETE HORAS DE VIAGEM) de lado e partir para explorar o Parque Nacional Torres del Paine.



Entre trote e trekking fizemos 18km com praticamente 1.000m de acúmulo de desnível positivo nesse dia!
Rumo à Base de las Torres, com Cerro Paine ao fundo

Até brinquei que estava sofrendo do mesmo mal que aflige os ultramaratonistas americanos que vão para a UTMB, já que eles passam tanto tempo correndo e explorando todas as belezas locais que, quando chega o dia da prova, ficam só o bagaço! rs




Em todo caso, a exploração do parque valia esse risco. Que lugar lindo!



Sabe barril com água e gelo? Tipo isso! Água de derretimento de geleiras! Brrrrrrr....

Hora de voltar...
No dia seguinte fizemos excursões light, de van, com pequenas caminhadas, para descansar as pernas e no dia 26 lá fomos nós explorar outra vez!
Dessa vez escolhemos subir o Cerro Paine, novamente por nossa própria conta e risco, sem guia e sem trilha demarcada por mais da metade do tempo.

Quando saímos do hotel levamos um susto. O dia estava totalmente encoberto por nuvens e bem gelado!

Cadê as montanhas que estavam aqui?!
Sem enxergar a montanha para onde queríamos ir e sem trilha demarcada, perdemos um bom tempo logo no início da caminhada. Resolvemos arriscar e pulamos uma cerca onde achávamos que seria a trilha e seguimos rastros antigos de cavalos por algum tempo até encontrarmos um single track.



Fomos subindo, subindo e, de repente, estávamos dentro de uma camada de nuvens.



Continuamos subindo - afinal, se o objetivo era chegar ao cume, a única opção era subir! rs - e acabamos passando da linha das árvores (tree line/timberline) ainda dentro das nuvens. Passada a linha das árvores o terreno mudou completamente, passando a ser mais arenoso/pedregoso, no estilo dois passos para a frente e um para trás! rs
Desse ponto em diante não havia mais qualquer marcação de caminho a seguir.

Soprou um vento mediano e conseguimos ver o cume do Almirante Nieto e das Torres del Paine do outro lado do vale! Ficamos bastante animados para continuar nossa ascensão. Pensamos que, provavelmente, dali para cima o tempo estivesse melhor.




Acima da linha das árvores o trekking se tornou bem pesado e exigente, mas seguimos cada vez mais animados, já que o tempo bom predominava acima dos 600m (o hotel ficava a aproximadamente 100m de altitude, então já havíamos subido 500m).

Presta atenção nessa inclinação! (a câmera não está torta!!!)

Quando atingimos 1.000m de altitude paramos para um lanchinho. Já estávamos caminhando há mais de 2h30 e a fome estava apertando.



Chegamos ao primeiro cume falso do Cerro Paine e resolvemos esticar até o segundo cume falso (que na hora achávamos se tratar do cume verdadeiro). Mas a subida estava cada vez mais complexa (íngreme, com pedras soltas e areia fofa).







Fora isso, havíamos levado quase 5 horas para chegar até os 1.230m de altitude e ainda faltavam 300m para o cume... sem contar o tempo que seria necessário para retornar lá para baixo. Resolvemos encerrar a ascensão ali mesmo e ficamos felizes com o resultado e com as vistas deslumbrantes com que fomos presenteados.





Pulando a cerca pra voltar pro hotel
No dia seguinte (27/03) fizemos mais uma excursão em van para descansar as pernas, já que no dia 28 o bicho ia pegar!

Continua (clique aqui par ao relato da prova)

terça-feira, 3 de março de 2015

Pé na Trilha: Avaliação de Mochilas de Hidratação [REVIEW]

Originalmente não pensava a voltar a escrever reviews e avaliações de equipamentos, mas como percebi que o review do Asics Fuji Racer que escrevi em 2013 ainda é um dos links mais clicados no blog, resolvi retomar a seção "Pé na Trilha".

Dessa vez falarei de algo muito importante para nós trail runners: equipamentos para hidratação!



Grande parte das provas de montanha estipula em seus regulamentos que não haverá postos de hidratação ao longo do percurso, ou que haverá apenas postos de reabastecimento (o que significa que vão disponibilizar alguns galões d'água e cada corredor deverá se servir do galão para se abastecer, ao invés de simplesmente pegar um copo ou garrafinha lacrada e sair correndo).

Particularmente, concordo com essa regra.
Num mundo ideal, as pessoas teriam bom senso e descartariam os copos e garrafas utilizados somente na área designada pela organização da prova para este fim. Mas sabemos que o mundo está longe de ser ideal e o que não falta é espírito de porco descumprindo a regra de ouro de não deixar vestígios e jogando lixo a torto e a direito pelas trilhas.

Respira, respira, calma.... Enfim, mesmo nas provas onde há distribuição de copos d'água, ainda que exista previsão de postos de hidratação de tantos em tantos quilômetros, convenhamos que estamos falando de corrida de montanha. Nunca se sabe se um km vai levar 4min30s ou 38min17s! Ou mesmo se você vai encontrar água no PC... às vezes acaba, acontece.

Então nada melhor do que ser autossuficiente com relação à água.

São muitas as opções nesse campo e cada uma delas apresenta suas vantagens e desvantagens. No fim das contas, a melhor opção é uma escolha pessoal. Como dizem em Minas, "Cadum-cadum".

Por muito tempo usei pochetes/cintos de hidratação, depois aderi às mochilas/coletes de hidratação e agora estou numa fase em que tenho curtido bastante a handheld ("porta-squeeze"?).

Vamos por partes:

Cinto de hidratação/pochete Kalenji
Comprei esse cinto quando estava "treinando" para a São Silvestre de 2012... devo ter pago em torno de R$60,00. Corria apenas nas ruas e nunca havia um bebedouro para aliviar a sede, então optei pelo cinto com 4 garrafinhas (110ml). Como o cinto tem uma grande superfície em velcro, é possível personalizar sua utilização e adequá-lo às suas necessidades.
Por exemplo, comprei uma garrafa maior (275ml), tirei duas das garrafas de 110ml e utilizei o suporte para carregar uma lata de spray anti-inflamatório (Inspetor Bugiganga? quase nada!).

Pochete acima da cintura. Dá pra ver ali a lata de spray, parte da pochete e uma garrafinha
Pochete na altura dos glúteos

Para mim, a principal desvantagem do cinto/pochete é o limite na quantidade de água. Outro ponto negativo é o constante ajuste que se faz necessário para evitar que as garrafas fiquem balançando sem parar enquanto corro. Para manter o cinto bem fixo, gosto de deixá-lo bem apertado um pouco abaixo do umbigo (o que acaba pressionando um pouco a bexiga depois de algumas horas).
A Cris, por sua vez, prefere deixá-lo na altura dos glúteos. De um jeito ou de outro, uma hora você vai ter que reajustar o "aperto" do velcro.



Usei esse cinto por bastante tempo e, às vezes ainda volto a buscá-lo.

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Quando passei a correr provas mais longas e demoradas senti necessidade de procurar uma mochila, pois a pochete já não daria conta de carregar tudo o que eu pretendia levar. Além disso, aumentando as distâncias e o nível de dificuldade das provas, algumas organizações exigem que você carregue alguns equipamentos obrigatórios (anorak, headlamp, cobertor de emergência, etc).

Assim, aproveitamos uma viagem ao exterior e compramos nossas novas companheiras de aventura:

Ultimate Direction AK Race Vest
Simples, leve e funcional.
Resumidamente, essa é a descrição perfeita para o AK Race Vest. Considerando que o "AK" vem de Anton Krupicka (meu ídolo), era de se esperar que a mochila/colete fosse o mais simples possível.
Mas não se engane! Ela é simples mas não deixa a desejar!
Com a mochila/colete vieram duas garrafas de ~600ml, que são colocadas nos bolsos frontais, na altura do peito.
Inicialmente estava preocupado com a possibilidade de as grandes garrafas ficarem chacoalhando no meu peito e eventualmente batendo na minha cara (rs), no entanto, uma vez ajustadas as fitas peitorais e laterais, você mal percebe que está usando o colete. Sim, é confortável assim!
O barulho de água chacoalhando existe, mas é muito menor do que o ruído daquelas camelbaks tradicionais, cheias de ar, que a gente vê (ou ouve?) por aí! Com o passar do tempo você se acostuma com o barulhinho e ele não incomoda.




Além dos bolsos frontais para água, existem 4 pequenos bolsos frontais com velcro. Não dá pra colocar muita coisa, nem coisas grandes, mas pelo menos você consegue garantir rápido acesso aos géis, cápsulas de sal, rapadura ou o que quer que você precise usar durante uma prova ou treino longo.

Notar os pequenos bolsos com velcro (acima e abaixo do suporte para squeeze)

Pequeno bolso traseiro com zíper

Na parte de trás há um compartimento principal em power mesh expansível - onde é possível guardar celular, corta-vento, reservatório de água de até 1,5L ou até mesmo crampons (não que você vá usar isso aqui no Brasil, né, mas se o Anton carrega na dele, então você pode carregar na sua! rs)  - e dois pequenos bolsos com zíper (pra não perder a chave de casa/carro, por exemplo), além de um elástico onde é possível fixar uma jaqueta com tranquilidade. Logicamente, você não conseguirá acessar esses bolsos traseiros enquanto corre, a menos que retire a mochila (ou tenha braços hiper flexíveis rs).
O material é extremamente respirável - o que pode ser bom para evaporar a transpiração; ou ruim caso você queira guardar algo ali que não pode ser molhado.
Fora isso, o acabamento é digno de menção: impecável! Materiais resistentes e confortáveis, sem pontos de fricção que possam causar assaduras.

São diversos os ajustes possíveis, uma vez que a mochila conta com duas fitas de ajuste na parte frontal (essas fitas deslizam verticalmente em trilhos) e uma tira de ajuste em cada lateral.

A mochila é vendida em dois tamanhos (P/M e M/G). O ideal é provar para saber qual tamanho melhor encaixa em você. Como comprei pela internet, achei que seria naquele padrão americano (onde qualquer coisa P fica gigante em mim), comprei o P e me enganei. Ficou um pouco apertado (e está estocado em casa, caso alguém esteja interessado em comprar VENDIDO)!
Depois comprei o tamanho M/G, e este se adaptou muito bem.

Compartimento principal e pequenos bolos com zíper (e um flyer da TrailAdventureChile, just in case...)

Adoro esse colete. É tão cômodo que uso até para provas e treinos mais curtos. Não tenho do que reclamar.

A única questão "polêmica" com relação a esse colete diz respeito às garrafas originais. É 8 ou 80. Ou você ama, ou você odeia.
Elas possuem um bico no estilo mamadeira e você tem que puxar com os dentes, morder o bico e sugar a água. Se você estiver muito cansado, pode ser trabalhoso. No entanto, se você não se adaptar ao bico, basta trocar de garrafa! Pode usar sua garrafinha de gatorade, seu squeeze do candidato a vereador ou o que mais quiser! rsrs
A verdade é que qualquer uma dessas garrafas é mais fácil de reabastecer e de limpar do que uma bolsa/reservatório d'água (bladder)! Além do mais, com as garrafas você sempre sabe exatamente quanta água ainda possui, ao passo que com o reservatório d'água nas costas você só pode chutar a quantidade de água restante.

Atualmente estou usando as garrafas flexíveis da Ultimate Direction e estou gostando bastante!

Tomando minha papinha, de boas, no balanço... e as garrafas flexíveis nos bolsos frontais
Bônus: ótima para carregar cervejas e quitutes para assistir jogo de futebol na TV ou para curtir o carnaval pelas ruas.


Pausa para reposição de líquidos e carboidratos durante um treino "transpraiano"
UPDATE (18.11.2015): Após praticamente dois anos de uso intenso, a mochila está começando a demonstrar desgaste na malha do suporte para squeeze, mas nada de muito preocupante.
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Ultimate Direction PB Adventure Vest

Aproveitei uma excelente promoção e levei pra casa também uma Ultimate Direction PB Adventure Vest.
Com maior capacidade de carga que o AK Race Vest e o mesmo conforto, a PB é a pedida certa para aquelas provas que exigem uma longa lista de equipamentos obrigatórios.

Além dos bolsos frontais para carregar as garrafas d'água, ainda existem dois bolsos com zíper nas alças do colete, onde dá pra colocar tranquilamente um smartphone e algumas barrinhas de cereais, géis e afins. Nos dois lados de cada suporte para garrafa há um bolso em mesh expansível capaz de armazenar gel, buff, lixo, etc. Abaixo das garrafas, temos dois pequenos bolsos com velcro, iguais aos presentes no AK Race Vest.




Na alça esquerda da mochila, acima do bolso com zíper, existe um apito de emergência (equipamento obrigatório em algumas provas).


Mas a diferença principal fica na parte traseira: dois compartimentos com zíper para guardar tudo que você precisar, puder e quiser carregar! E cabe coisa, viu!
Em uma recente expedição ao Itatiaia fiz questão de testar a capacidade de armazenamento da mochila e o comportamento dela quando cheia e em movimento.


Notar garrafa nas costas
Notar a garrafa extra de 600ml nas costas
Coloquei anorak, trekking poles, mais de 1.5L de água, comida, repelente, máquina fotográfica, sunga, toalha, etc., etc., etc.! Coube tudo e deu pra trotar normalmente! Claro que você sente que está carregando coisas, mas a distribuição de peso é muito boa!

Um dos compartimentos traseiros é resistente à água (talvez até mesmo impermeável...nunca testei isso). O lado bom é que mantém suas coisas secas lá dentro. O lado ruim é que suas costas ficam ensopadas de suor, já que ele não tem por onde evaporar.
O outro compartimento traseiro com zíper é um bolso em mesh expansível no qual você pode guardar uma jaqueta, por exemplo.

Bolso traseiro/lateral
Na parte lateral da mochila, em ambos os lados, existe um bolso em mesh com zíper, capaz de guardar alimentos, lanternas, chaves, luvas e etc. Atrás desse bolso existe um compartimento fechado com velcro em que é possível guardar mais algumas coisas. Há, inclusive, um laço elástico para segurar uma garrafa extra d'água (vide duas fotos acima).
As opções de armazenamento são inúmeras. Se você tiver a síndrome de Inspetor Bugiganga, como eu, estará feito (ou frito, já que vai achar um desperdício ter tantos bolsos e correr com a mochila vazia! rsrs).

Em suma, uma excelente mochila (capaz de carregar todos os 927 itens obrigatórios da KTR)!

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Ultimate Direction Jenny Collection Ultra Vesta
Primeira mochila/colete de hidratação feita por mulheres e para mulheres (o que significa que não é apenas uma versão tamanho PP e cor de rosa dos coletes masculinos), o Ultra Vesta foi a escolha da Cris.



Ele também possui a capacidade de carregar garrafas d'água (embora menores, na média uns 300ml) em bolsos frontais, mas a Cris acabou optando por usar uma bolsa-reservatório d'água de 1L no compartimento principal traseiro da mochila.

Testando o uso das garrafas nos bolsos frontais

Aliás, são três os compartimentos com zíper na parte traseira:

Bolsos com zíper nos lados esquerdo e direito e um bolso com zíper no centro
1- Compartimento principal, o que fica em contato direto com as costas, cabe um reservatório de água de 1 litro certinho. Possui elásticos para que a bolsa não 'murche' e escorregue para o fundo da mochila conforme a água for acabando e dispõe de saída (para ambos os lados) para a mangueira da bolsa de hidratação.

Compartimento principal
2- Compartimento intermediário, um pouco menor que o principal, onde cabe uma jaqueta corta vento, manguitos, cobertor de emergência, etc.
3 - Pequeno bolso para colocar celular, documentos ou outros itens menores. Nesse bolsinho veio um elastiquinho para cabelo, "um mimo", nos dizeres da Cris.

No canto esquerdo dá pra ver "o bolso dentro do bolso" rs
Já na parte da frente, a disposição é a seguinte:
1 - bolso esquerdo, amplo e com velcro, tem sua base maior que a boca e cabe gel, bananinha, barrinhas e até um celular, caso ele não seja um semi-tablet!
2 - bolso direito tem o fecho em zíper e, internamente, tem um compartimento para que objetos pequenos não caiam caso precise abrir o zíper (um bolso dentro do bolso).
3 - dois bolsos em que seriam colocadas as garrafinhas de 300ml, um em cada alça da mochila, que também podem ser utilizados para colocar óculos escuros, luvas, gel, máquina fotográfica, etc. Esses bolsos possuem acesso super fácil e por isso são ótimos para aqueles itens que você pode precisar pegar sem ter que parar de correr.

Assim como no PB Adventure Vest, na alça esquerda da mochila há um apito de emergência.


Assim como nas mochilas masculinas, a construção em formato de colete garante uma boa distribuição de peso e permite uma série de ajustes de forma que a mochila não fique sacolejando por aí enquanto você corre.

Notar fita inferior afrouxada

Segundo a Cris, "além de bonita, a mochila veste bem no corpo, como se fosse um colete e, mesmo com a capacidade completa da bolsa de água, não fico com a sensação de sacolejo, somente o barulho da água mesmo que acabei me acostumando. Outro detalhe importante é a facilidade de regulagem das duas fitas frontais. Com praticamente 'um toque' a fivela é facilmente apertada/afrouxada. Aperto a fivela nas descidas estilo 'taca-le pau' para que não fique chacoalhando e dou uma afrouxada na fivela nas subidas, onde fico mais ofegante e incho mais o peito para respirar".



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Kailash Camp25
Não contente com a quantidade de mochilas que tenho - embora muito contente com elas rs - acabei comprando uma ainda maior, de 25L de capacidade, para usar como mochila de ataque na viagem que faremos ao Chile e para eventuais aventuras de mais de um dia.
Sim, sim, quando se trata de equipos sou uma pessoa bem impulsiva! rsrs
Como mochila de ataque a Camp25 é excelente. Sua capacidade de carga é impressionante e não afeta a capacidade de carregar uma bolsa-reservatório de água (até 2L, salvo engano) em compartimento próprio.
A mochila possui duas fitas estabilizadoras (na altura do peito e na altura do umbigo), uma rede externa para armazenar capacete de bike, jaquetas e etc., um bolso em mesh de cada lado (onde é possível colocar um squeeze, por exemplo, e ainda possui uma capa de chuva embutida.

Notar a rede externa e os bolsos laterais telados

A fita peitoral desliza verticalmente num trilho, de forma que você pode ajustar sua altura da forma como achar melhor.



Ponto positivo também para os bolsos com zíper na barrigueira! Dá pra colocar bastante tralha nesses bolsos (bisnaguinha, gel, celular, câmera, buff, etc.)!


Em um só bolso: 2 GU's, 1 bananinha e uma papinha!
Ok. Mas como ela se comporta em ação? Vejamos:





Levei-a para testar no Itatiaia e, bom, ela não é nenhum colete da Ultimate Direction...rsrs
Mesmo tendo feito os ajustes nas fitas (peitoral e na cintura) corretamente - e embora eu tenha colocado tralhas demais na mochila - a verdade é que a mochila chacoalha mais que vara verde. Se fosse uma prova eu teria ficado bem irritado e, possivelmente, assado em alguns pontos de fricção!

Notar as fitas estabilizadoras
Além disso, tratando-se de uma mochila para corridas de aventura (onde o pessoal precisa carregar trocentos quilos de equipamentos obrigatórios), é injusto compará-la com uma mochila de hidratação pura.




A Cris, por sua vez, utiliza uma versão menor dessa mochila - a Camp 12 - nas provas e aventuras que exigem maior capacidade de carga e não tem do que reclamar.

Kailash Camp12 atacando o cume do Cerro Paine
Camp 12 no caminho para o cume do Quetrupillán

No topo do Quetrupillán, com o Villarrica expelindo cinzas ao fundo


UPDATE (11.03.15): Reajustei as alças e fitas estabilizadoras da mochila e passei a usá-la para carregar minha roupa de trabalho num trote trabalho-casa (run-commuting/corrida-amiga). A capacidade de carga se mostrou ideal e o ajuste nas alças melhorou bastante o comportamento da mochila... mas ainda assim ela sacode mais do que estou acostumado. Para trotar do escritório para casa será uma companheira valiosa; para correr provas de montanha, talvez não...
UPDATE (18.11.15): Tenho usado bastante essa mochila para carregar minha roupa durante a corrida do trabalho para casa (calça social, camisa, sapatos, paletó, cinto... média de 3,5kg) e reparei que ela tem alguns pontos de fricção que acabam 'estragando' as camisetas (em algumas áreas, a camiseta fica cheia de bolinhas ou chega mesmo a desfiar).

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Porta-Squeeze Kailash - Handheld ("pochete de mão"?!)
Por último, mas não menos importante, temos a opção dos porta-squeezes, a.k.a. Handhelds (em alguns lugares chamados de pochete de mão).
Nada mais são que suportes elásticos para carregar o squeeze na mão, sem precisar fazer pressão com os dedos em volta da garrafa o tempo todo.
Esse que tenho, da Kailash, possui um pequeno bolso com zíper onde costumo guardar meus documentos e a chave de casa enquanto corro. Também daria para colocar um ou dois sachês de gel.
Faz-se necessário algum tempo de uso para que você se adapte ao porta-squeeze. Afinal, todo o peso da água fica na extremidade da alavanca (seu braço), então você pode se cansar um pouco no começo ao levar o squeeze cheio d'água para frente e para trás, para frente e para trás, para frente e para trás enquanto corre.

Coloquei tanta coisa no bolso com zíper que o squeeze até tombou! rs

Vantagens: a água já está na sua mão, então você acaba bebendo com mais frequência. Você não precisa ficar com preguiça de tirar a garrafa da pochete ou da mochila e depois ter que guardar outra vez. Outra vantagem é que te deixa com aparência de ultramaratonista americano badass:


Brincando de Krupicka/Krar/Olson e afins com a minha handheld

Desvantagens: como a água já está na sua mão e você vai beber com mais frequência, pode acabar bebendo água demais e precisar ir ao banheiro...rsrs
Fora isso, a água acaba esquentando muito rápido em contato com a palma da sua mão.
Ainda assim é uma opção bastante prática.
Bônus: é ótima para esguichar água em cães vadios que correm atrás de você pelas ruas enquanto você treina. True story.

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Essas são as opções testadas e utilizadas por mim. E vocês, o que costumam usar?
UPDATE (Janeiro 2016): testamos também a mochila Curtlo X-Skin Pró