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Mostrando postagens com marcador Cross Country. Mostrar todas as postagens
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Relato: Corrida dos Eucaliptos 2015 #ForçaRenato

Voltamos à nossa programação normal! rs

Esse final de semana retornamos às provas, após um hiato de mais de 4 meses desde a última competição.

A prova escolhida foi a Corrida dos Eucaliptos, organizada pela ZBRClama, do nosso amigo Renato Cavallieri.

Percursos e altimetria
A proposta era simples: madrugar no domingão, pegar a estrada por 1h30 até Santa Branca e sentar o sarrafo nas estradas de terra da Fazenda Santa Branca. rsrs

terça-feira, 8 de julho de 2014

Relato: Desafio 28 Praias de Revezamento - Aloha Run

Depois de todo o tempo que fiquei 'de molho' em razão de lesões, passei a perceber melhor que, para mim, o que realmente importa não é o quão rápido ou quão longe você corre, mas sim o quanto você se diverte correndo.

Como diversão é um assunto que eu gosto de levar a sério (hein?), não me fiz de rogado e fui pra Ubatuba para dar bastante risada com os amigos e, se as pernas permitissem, correr um pouquinho também!

Mas comecemos do começo...

Após subirmos juntos ao pódio do ranking da Copa Paulista de Corridas de Montanha (categoria 25-29 anos) em novembro, Gustavo, Willian e eu decidimos que seria uma ideia interessante formarmos um trio para correr a famosa Bertioga-Maresias - esperada para acontecer em maio desse ano.
No final, a prova não existiu (virou Revezamento Peruíbe-Praia Grande e vai acontecer em agosto) e deixamos o plano um pouco de lado.

Nesse meio tempo, a Cris havia feito inscrição para o Desafio 28 Praias, num quarteto com as amigas. 
Eu nem dei atenção para essa prova até que os meninos foram lá em casa para a gente botar o papo em dia, acabamos enchendo o caneco enquanto assistíamos Unbreakable: The Western States 100 e, no dia seguinte, ao acordar levemente de ressaca, encontrei um boleto de inscrição no meu email!

Entre a inscrição (fim de abril) e a prova, muitas surpresinhas aconteceram... pra começar, a Cris rompeu os ligamentos do tornozelo e teve que abrir mão da prova... o Gustavo ficou afastado dos treinos graças a uma tendinite no joelho e eu continuava de molho por conta dos edemas ósseos nas tíbias... Faltando três semanas para a prova, f i n a l m e n t e, fui liberado pelo médico a voltar a treinar (mas num ritmo beeeeemmmmm leve: no máximo 30 minutos intercalando 1 de trote e 1 de caminhada).

Na semana da prova tivemos alguns perrengues-zicas-urucubacas que ameaçaram a saúde e integridade de cada um dos integrantes da equipe, e o destino do nosso trio só foi definido mesmo aos 42' do segundo tempo - por exemplo, o Gustavo só conseguiu confirmar que ia conseguir correr o trecho dele na noite de sábado, véspera da prova!

Ainda está meio nebuloso na minha mente como tudo se desenrolou, mas sei que no final de semana do dia 06 de julho estávamos em Ubatuba prontos para encarar os 40km do Desafio 28 Praias em um trio batizado de Aloha Run e com uniforme inspirado no Anton Krupicka! rsrs

Nossa inspiração

E aí, Tony, curtiu a homenagem?

Às 7h40 da manhã de domingo 3 malucos devidamente paramentados com camisas e colares havaianos estavam postados nas praias de Tabatinga, Caçandoca e Lagoinha esperando a festa começar! 
Por sorte, também estávamos com óculos escuros para nos proteger dos olhares fulminantes e julgadores de muitos corredores... hehehe
Na praia de Caçandoca (PC2), esperando o Gus
Da minha parte da prova, propriamente dita, nem tenho muito o que falar. 
O Gustavo chegou ao PC2, gritamos 'Aloha!', peguei o chip e parti para 5,7km de estrada de terra com leve aclive e declive, seguidos de menos de 6km de praia, entre areia dura e fofa, até encontrar o Will, gritar "Aloha!", passar o chip pra ele e o ver sair em disparada para os próximos 15km de percurso, entre single track, estrada e praias. 


Aloha!
Saber rir de si mesmo, uma virtude! kkkk

A Cris que, impossibilitada de correr, virou a nossa capitã da equipe de apoio, prontamente me resgatou para que pudéssemos aguardar a chegada do Will.


Minnie, a mascote oficial, usando seus sentidos aguçados para localizar o Willian



Algum tempo depois, avistamos um maluco correndo com camisa aberta e colar havaiano, só podia ser ele. Eu e o Gustavo corremos ao encontro do terceiro elemento para cruzarmos o pórtico de chegada juntos e bradando nosso tradicional-desde-hoje-cedo "Aloha". hehe





Ain't no place for haoles here!!!

A verdade é que se alguns corredores torciam o nariz quando viam um de nós 3 fantasiados, o público em geral nos recepcionou muito bem! rs
Sempre que cruzava com carros no caminho alguém buzinava ou gritava uma frase de incentivo e, após concluirmos a prova e nos agruparmos na área de chegada para aguardar as outras equipes de amigos (só na nossa casa havia 4 equipes!!), diversas pessoas vieram elogiar nosso uniforme e nosso bom humor.

A nossa parte estava feita – fomos, corremos e nos divertimos bastante. Essa era a ideia!
De resto, era só esperar as outras equipes da nossa casa e confraternizar com os amigos e conhecidos que sempre encontramos nesses tipos de prova, e depois partir para o churrasco!

Não conhecia as provas da RunnerSP, mas devo dizer que minha experiência foi bastante positiva de uma forma geral. A logística foi tranquila, a organização postou os resultados rapidamente, as áreas de pós-prova estavam bem abastecidas, etc.

Por fim, qual não foi nossa surpresa ao checar a lista de resultados e encontrar o Aloha Run no quarto lugar entre os trios masculinos e 30º lugar na Classificação Geral! hahahaha Só rindo mesmo! rs


Aloha Run + Capitã da equipe de apoio + Mascote oficial

2 duplas, 1 trio, 1 quarteto e a preciosa equipe de apoio! É festa!!!
Vejam só!! Três patetas, sendo que dois deles estavam voltando de lesão e sem ritmo algum de treino, vestidos de havaianos (vou te falar que aquela camisa esquentava bagarái!), correndo de ressaca e só pela diversão e conseguimos ir relativamente bem! Certeza que o Will carregou o trio nas costas! hahahaha
Na próxima a gente se esforça mais! Ou não, pois o que importa mesmo é se divertir!




ALOHA!!! E até o próximo ano!


Quem precisa de verão com um inverno desses?!



segunda-feira, 31 de março de 2014

Olhar de quem não correu: Igaratá 23k

No último domingo, 30/03/2014, fizemos um bate-volta até a cidade de Igaratá (+/-90 km de São Paulo) para prestigiar a Igaratá 23k - primeira prova de Cross Country organizada pela ZBRclama (responsável pelo circuito XCountry) .

Ainda em repouso (mas me recuperando, finalmente!!!), fui lá apenas para acompanhar a doida da Cris, que resolveu correr sua segunda prova acima de 20km justamente uma semana antes de corrermos a Meia Maratona no Mountain Do do Fim do Mundo, em Ushuaia/Argentina (e, claro, para confraternizar com os muitos amigos da JVM que lá estavam para correr).



Vamos às observações desse expectador: 

A prova foi um sucesso de público. Mesmo sendo a primeira prova organizada pela ZBRclama, e tendo apenas uma opção de percurso, a divulgação foi muito bem feita e a adesão foi muito grande! 

Como se tratava de uma prova de cross country, e não uma prova de montanha 'pura', foi possível observar a presença de público bastante variado - trail road runners dividiram pacificamente as estradas de terra (e alguns trechos de asfalto) dos 23km do belo percurso.

Do ponto de vista de mero expectador, minha opinião é a de que a organização esteve impecável (largada pontual, cerimônia de premiação cedo, espaço adequado para os expectadores e tendas de assessorias, facilidade de se chegar ao local da prova e facilidade para estacionar, muitos prêmios e brindes, medalha colocada diretamente no pescoço do corredor, etc.).

Pelo que conversei com os corredores (e conversei com vários!), a excelência na organização também se refletiu ao longo do percurso: marcação adequada do percurso, espaço suficiente para a grande quantidade de corredores, distribuição adequada de postos de hidratação (claro que os corredores que levaram mais tempo para concluir o percurso sofreram bastante com o calor e a sede, mas mesmo assim não faltaram postos de hidratação) e afins.



Além disso, a prova tinha ainda outro apelo para os expectadores: ao longo da semana que antecedeu ao evento, ficou a promessa velada (em alguns momentos não tão velada assim) de um grande 'duelo' entre dois famosos corredores brasileiros - José Virginio de Morais e Adriano Bastos.

No final das contas, o primeiro lugar ficou para o corredor jundiaiense Tiago Juliano Arcifa Sampaio, que fechou a prova em 1h29:08; o segundo lugar ficou para o mestre José Virginio de Morais que, espantando o cansaço da prova de sábado - onde correu os 21km da Volta dos Romeiros, obtendo a 7ª colocação - concluiu o percurso em 1h33:05; e o terceiro colocado foi Marcelo Avelar, que terminou a prova em 1h33:59. Completando o pódio, o 4º lugar ficou para Caio da Rocha Silva (1h35:56) e o 5º lugar para Fernando Beserra da Silva (1h36:27). 



No embate feminino, o pódio foi formado por Giovanna Rodrigues (1h44:40), Paloma Vasconcelos (1h58:06), Mirlene Picin (1h58:07), Vivian C. Sevilha (2h03:39) e Maria do Carmo Viana (2h06:47).

Apesar de o desnível acumulado ser baixo para a distância (e da baixa exigência técnica do percurso, já que este foi praticamente 100% em estradas), teve gente reclamando da dificuldade 'de outro mundo' da prova... bom, eu não corri então não posso opinar...



Enfim, a prova foi um sucesso e mal posso esperar para participar da próxima edição - prevista para setembro. Dessa vez, quero participar como corredor, porque essa vida de expectador e fotógrafo dos amigos está acabando comigo! 



Você pode ver as fotos em nossa página do facebook: facebook.com/seelacorreeucorro

Para finalizar, segue um vídeo do sprint final da Cris: http://youtu.be/lGy45WhvnqI


____


Um adendo: parece que houve um problema com a classificação/premiação dos corredores com relação ao tempo líquido (previsto no regulamento) e o tempo bruto (aplicado em alguns casos)... vamos ver como o caso se desenrola.

Outro adendo: a situação se desenrolou e a premiação/classificação foi devidamente alterada.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Guia SeElaCorreEuCorro de Sobrevivência em Trail Running

Considerando a quantidade de gente experimentando correr fora do asfalto nos últimos tempos, e pensando também nos meus amigos que pretendem debutar nesse campo nos próximos meses, pensei em escrever aqui algumas dicas e observações para evitar que eles cometam alguns equívocos ou deixem de aproveitar tudo o que a corrida em meio à natureza tem a oferecer.

Encarem isso como um bate papo despretensioso, afinal, quem sou para querer ditar regras e verdades absolutas, ou dar dicas de expert? Sou um amador, como vocês.

Então, aí estão algumas convenções sociais e regras de convivência que tenho observado ao longo desses anos correndo em trilhas e montanhas:


Trail Running for Dummies - e uma referência para nós rs
- Sempre que possível, utilize calçado adequado para a prática de corrida fora do asfalto, pelos motivos que elenquei em um texto anterior (resumo: proteção e tração);

- Dê passagem. É muito comum encontrar pessoas que acabaram de sair do asfalto (onde você corre sozinho apesar de cercado por milhares de pessoas) e ainda não perceberam que no meio da trilha não é a filosofia do cada um por si que reina, mas a solidariedade. O espaço é curto e há obstáculos por todos os lados, se a pessoa que vem atrás de você tem um rendimento melhor, abra um espaço quando conseguir e deixe-a passar. Não vai ser essa pausa de 1,2s que vai mudar seu tempo final.
Não seja um "empata-fila"! Surgindo uma oportunidade, dê passagem!
Ainda no assunto do "dê passagem", evite utilizar fones de ouvido, ou, caso uma musiquinha seja essencial pra você na corrida, tente utilizar em um só ouvido e em volume baixo. Você deve ser capaz de ouvir os passos de outro corredor vindo atrás de você na trilha (pense na trilha como um corredor de motoboys entre os carros, mas ao invés de buzinar e chutar seu retrovisor, o corredor que vem atrás vai fazer barulho no mato, depois vai começar a pisar duro, tossir, fungar no seu cangote e eventualmente gritar "pista! prestenção ôh"). Além disso, é importante ficar esperto nos avisos de quem está à sua frente (cuidado com o buraco aqui! olha a pedra solta! se liga no cipó! ONÇAAAAAA!!!!). Enfim, a música alta vai tirar sua atenção de detalhes importantes e pode prejudicar você e os demais.

Não. 
- (Update Julho 2017). Ainda no assunto "música", com a popularização das caixinhas de som com conexão por bluetooth surgiu a necessidade de editar esse texto para incluir o seguinte conselho: não seja o DJ Trilheiro! Tirando você, o dollynho, e mais um ou outro amigo seu, 99,97% da turma que está na trilha não quer ouvir as suas músicas. De fato, a grande maioria está no mato justamente para curtir a paz, o silêncio e os sons da natureza. Não obrigue os demais a ouvirem Raça Negra, MC Quaquécoisa ou Slayer só porque esse é o tipo de música que você mais gosta.

Tuts-tuts-tu-tu-tuts

Não seja essa pessoa
- Pode conversar. Depois de correr 40 minutos sem encontrar viva alma no caminho, quando você finalmente encontra alguém e essa pessoa corre num ritmo parecido com o seu, troque uma ideia! (rs) Vale qualquer coisa, até mesmo aqueles assuntos de elevador (quente, hein? daqui a pouco chove... você também correu aquela prova x?). Além de ajudar a distrair a mente enquanto encara aquele paredão interminável, você ainda pode fazer novas amizades! Win-win situation! rs
Conversando um pouco pra esquecer a dor no joelho

- Solidariedade. Sempre. Seja cedendo a passagem, seja ajudando alguém a pular uma vala ou escalar uma pedra, seja perguntando se a pessoa está bem, ou oferecendo água/gel pra alguém que está passando mal, dando apoio para alguém que acabou de se estabacar à sua frente... acredite, quando você estiver exausto, no meio do mato, uma palavra amiga e um gesto de solidariedade valem ouro.

- Não deixe vestígios. Você não está correndo ali no meio do mato porque acha bela e imponente a natureza? Então deixe-a como você a encontrou. Eu fico f#dido quando vejo gente jogando a embalagem do gel pelo caminho (e tem gente que guarda o sachê, mas joga a "tampinha" na trilha). P#%r@! O que é que custa deixar essa embalagem no bolso da sua roupa, criatura? Ocupa espaço? Qual é, né, um pouco de tato, galera!

- Não tenha medo de se sujar ou molhar o pé. Se está com nojinho, nem vá! (rs) Admita desde o começo que todo e qualquer perrengue que surja no caminho faz parte da experiência e será mais uma história pra contar para os amigos mais tarde. Claro que existem casos e casos mas, de uma forma geral, pise nas poças, salte sobre os troncos, esquie no esterco, rompa as teias de aranha com a cara e continue sentando a bota! Nada pior do que você estar na vula atrás de alguém no single track e a pessoa dar uma freada brusca para não molhar o pé numa nascente...restando ainda 1km de prova dentro de um rio!!! rsrs

Cris mostrando como se faz!
- Já que o assunto é onde colocar o pé, olhe por onde pisa (foco adiante)! A própria essência do trail running é correr em terreno irregular. Em 100m de percurso você pode passar por cascalho, erosões, asfalto esburacado, barro escorregadio e sei lá mais o quê. Então planeje antes onde seu pé vai pousar. Corra olhando alguns passos à frente e já vá calculando onde pisar. Isso pode evitar alguns tombos e torções.

- Importante pra quem acaba de sair do asfalto: deixe o pace sub-qualquer-coisa em casa. É o percurso que determina o seu ritmo, não o seu RP nos 10km no asfalto. Você VAI ter que parar pra andar em alguma parte do percurso, então ande sem culpa. No asfalto as pessoas podem te olhar torto se você parar pra caminhar por alguns segundos. No trail a regra é outra: corra quando conseguir, ande ou rasteje pelo resto do tempo! O importante é chegar ao destino! rs

(UPDATE Dez.2015) - depois de me perder algumas vezes, achei interessante voltar aqui no texto para dar esse aviso que é útil mesmo para os "macaco-véio" . Mantenha o olho nas marcações do percurso SEMPRE. Às vezes a gente se distrai apreciando a paisagem ou prestando atenção apenas nos competidores à nossa frente e, quando vai ver, lá está mais um garoto perdido! rs
Caso venha a se perder, sem stress! Volte os passos até encontrar uma marcação e então continue o caminho (não vai cair na burrada de seguir em frente e tentar adivinhar onde está a trilha!).

(UPDATE Dez.2015) - Sempre que possível, procure ser autossuficiente nas provas. Evite contar com a água e comida disponibilizadas pela organização. Imprevistos acontecem (às vezes com tanta frequência que deixam de ser imprevistos) e há uma grande chance de você encontrar um posto de apoio desabastecido. Além disso, ainda que o mapa do percurso diga que haverá um posto de apoio a cada 3km, você nunca sabe dizer quanto tempo levará para cobrir essa distância (dependendo do terreno e inclinação, 1km pode levar mais de 20 minutos para ser superado). O mesmo vale para treinos em locais remotos. Deixar de carregar água e comida pode colocar em risco não só você, mas todo o grupo (que terá de carregar seu corpo inerte trilha afora). Então carregue uma handheld, vista uma pochete ou coloque uma mochila e seja feliz!

"Já posso correr, Gabriel?"
(UPDATE Dez.2015) - Com base em excelentes sugestões deixadas nos comentários, volto aqui para deixar mais uma dica: estejam preparados e protegidos! Preparados para quê? Para tudo! rs
Eu sou suspeito para falar, já que sofro da Síndrome de Inspetor Bugiganga, mas é interessante contar com proteção contra o sol (boné/buff/protetor solar), proteção para os olhos (quantas vezes já não levei galhada na cara e fui salvo pelos óculos escuros!), para as mãos (luvas caem muito bem quando você precisa usar cordas para descer um barranco rapidamente e também protegem de galhos com espinhos), kit de primeiros socorros, e por aí vai. Cada tipo de prova/treino irá determinar o tipo de proteção mais urgente.


Exageros à parte, é melhor ter e não precisar usar do que precisar e não ter (tipo seguro de carro! rs) -  by The Oatmeal
- E aí entra a questão de estar preparado: ao escolher uma prova, procure se informar sobre as edições anteriores, veja o tempo de conclusão dos participantes daquela edição, leia relatos sobre aquela prova para ver quais pontos são os mais sensíveis e difíceis e avalie quais serão as medidas que você deverá tomar para superar essas dificuldades.

Tenha em mente que na imensa maioria das provas em trilha desistir não é uma opção. Você pode até desistir de competir, mas ainda assim será forçado a concluir a distância, já que não tem como chamar um táxi/uber ou pegar um busão do topo da montanha até a linha de chegada. Saber isso e estar preparado física e psicologicamente para essas situações é o que determina se você irá se divertir ou achar a experiência um porre.

- Acima de tudo, DIVIRTA-SE! Já que você está pagando voluntariamente por esse sofrimento saudável, o mínimo que você pode fazer é se divertir!

De cabeça, acho que as principais dicas são essas. Sinta-se à vontade para acrescentar novas regras e dicas nos comentários! Isso aqui é um bate papo!


A gente se tromba nas trilhas! ;-)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Relato: Light, sim. Fácil, não! - O Rei da Montanha, Taiaçupeba

Agora que a fase zen passou, voltemos aos relatos de provas!

Enquanto aguardava a Cris concluir a prova de Atibaia, conversei com um companheiro das montanhas e disse a ele que em setembro eu não iria me inscrever em nenhuma prova, já que estava correndo muitas provas seguidas e em curtos intervalos de tempo, e queria usar o mês de setembro só para treinar, recuperar e fortalecer o corpo.
Em cinco minutos (ou menos!) ele me convenceu a fazer a inscrição pra Etapa de Campos do Jordão da Copa Paulista...
Dois dias depois, ficamos sabendo que a JVM em peso iria correr O Rei da Montanha, em Taiaçupeba, Mogi das Cruzes (abre parênteses: desde que começamos a treinar com a JVM não conseguimos sincronizar nossas agendas de corrida uma só vez! Nunca conseguimos correr provas com o grupo reunido... e aí estava a oportunidade!). Resumindo, em menos de uma semana fui de "esse mês vou me poupar e não vou correr" para " Uhull! duas provas no espaço de uma semana! Yeahhhh"!

Como o foco estava na prova da Copa Paulista, dali a uma semana, optamos por correr o percurso curto do Rei da Montanha (7km).

A fama da prova era que, dentre as corridas de montanha, esta seria uma das opções mais light (menos técnica), e assim diversos amigos da JVM foram convencidos a trocar o asfalto pelo barro pela primeira vez.

Grupo reunido, aquecimento feito, hora de alinhar sob o pórtico de largada (leia-se "hora de se espremer na muvuca e esperar a buzina"), dividir os últimos conselhos com os estreantes nas corridas off road e trocar os votos de boa prova (além, é claro, da minha tradicional "bitoca de boa prova" na Cris! rs).

Dada a largada, tentei achar um espacinho em meio à massa de corredores pra deixar logo a muvuca para trás. Tarefa difícil, já que a largada era em paralelepípedo (molhado) e com muita gente (aproximadamente 760 atletas, entre os que correriam 7, 14 e 21km).

Tirando esses primeiros metros (300?) em paralelepípedo, o resto do percurso foi em estrada de terra, onde era possível correr com mais segurança, sem patinar tanto.

Como meu celular não funcionava ali e o aplicativo do GPS não adiantaria nada, corri só com o cronômetro - o que acabou sendo uma boa estratégia, considerando que meu objetivo era apenas concluir a prova e confraternizar com a equipe, assim não ficava noiado no pace de cada km!

A prova me surpreendeu. Considerando os relatos da etapa anterior (em Sabaúna), esperava que a prova fosse um pouco mais rápida do que estou acostumado, mas não esperava que fosse tanto assim!
Como o percurso inteiro era em estrada de terra, era possível correr todo o tempo - apesar do constante sobe e desce.

Provas rápidas não são muito a minha cara! rs
Prefiro provas com perfil mais endurance (se é que podemos chamar de endurance provas com até 15km rs), isto é, prefiro provas onde a resistência e a perseverança valham mais que a velocidade pura e simples.

Em todo caso, foi bom variar um pouco e descobrir que eu consigo fazer uma prova inteira de "montanha- russa" sem parar para andar ('zerar' o percurso)! Fechei os 7km em 36:16 (pace médio de 5:10). A Cris concluiu em 49:31 (7:04 min/km).


Aos poucos os demais integrantes da equipe foram chegando (alguns dos 7km, outros dos 14km e 21km) e trocando impressões sobre a prova. Para os recém-montanheiros (Carla, Álvaro, Rinara, Renato...), a opinião era quase um consenso: paixão à primeira corrida! Parabéns, guerreiros, sejam bem-vindos ao clube! Será um prazer dividir a trilha com vocês novamente!


Dá pra entender o sucesso dessa prova (digo sucesso pois não é todo dia que a gente vê mais de 500 pessoas numa prova de montanha). O preço da inscrição é justo e o pós prova impecável: suco natural, farta mesa de frutas, picolés, água...

O Rei da Montanha é um bom teste pra quem quer começar no mundo das provas fora de asfalto, uma vez que dá um gostinho da sensação de correr cercado de verde e com variações de altimetria maiores que nas provas de rua, mas sem as trilhas técnicas e em mata fechada, erosões, escalaminhada usando raízes e cipós como apoio, lamaçais, travessia de riachos, desnível acumulado absurdo ou outras coisas comuns em provas de montanha "verdadeiras" que poderiam assustar ou traumatizar os iniciantes.
Por esse motivo, na minha cabeça, a prova é mais Rei do Cross Country do que Rei da Montanha (rsrs), o que não tira o mérito dessa excelente prova!

Como o percurso não era nada técnico, qualquer calçado dava conta do recado... tá, chinelo também é exagero!

Pra finalizar, o professor levou pra casa mais uma coroa (2º lugar nos 14km!), inspirando ainda mais seus alunos montanheiros! Parabéns, Virgínio!!!