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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Relato: Rural Running - Bragança Paulista

Você achou que não ia ter relato de prova antes de agosto?


Sem ofensas! Isso é Choque de Cultura! kkkk

Eu também achei que não ia ter relato de prova antes de agosto (quando correremos a NTS Juquitiba - aliás, temos cupom de 10% de desconto), mas aí o nosso amigo @CorreMaluco fez uma proposta irrecusável, oferecendo-nos a oportunidade de testar nossas pernas pesadas e lentas de quem só faz treino LSD (long slow distance) numa prova curta e em terreno praticamente 100% corrível na Rural Running em Bragança Paulista.

Claro que aceitamos o convite!

Como a prova seria no domingo, fizemos nosso treino normalmente no sábado. E que treino!

Terreno 99,64% técnico, com vistas espetaculares e zilhões de carrapatos!





Valeu galera da Lobo Adventure por essa oportunidade!
As pernas ficaram um pouco moídas das descidas duras e pedregosas de sábado, mas no domingo pela manhã a expectativa era alta!

Fazia mais de 3 anos que não corríamos nenhuma prova abaixo de 21km, e como nossos treinos nesse ano têm sido, em geral, longos e com mais trekking forte do que corrida cadenciada (por exemplo), a perspectiva de fazer uma prova curta e rápida deu uma certa adrenalina.

Aliás, adrenalina foi a tônica desse domingo! Por exemplo, assim que saímos da Fernão Dias (saída 20) passamos sobre uma enorme mancha de óleo na pista e demos um belo de um cavalo de pau. Por sorte não estávamos em alta velocidade e não havia nenhum carro por perto. Poderia ter acontecido um belo de um acidente.



Passado o susto, prosseguimos lentamente até a Marina Estância Confiança, onde estava armada a arena do evento.

Encontramos o Paulo, retiramos nossos kits, tiramos umas fotos e fomos nos preparar para a largada. Dei um trotinho pra aquecer e percebi que cada perna estava pesando uns 80kg, então resolvi largar bem na manha.


Dei meu selinho de boa prova na Cris, fizemos a contagem regressiva e foi dada a largada, com a cavalaria saindo "na vula" na nossa frente.
Depois de uns 100m surgiu a primeira subida, engatei a reduzida e segui adiante, sentindo as pernas ainda bem pesadas, mas decidido a aproveitar o dia para tentar fazer força.

Os próximos 3km foram em estrada de terra com leves subidas e descidas e, bem aos poucos, fui sentindo o corpo aquecer.

Na altura do km 5, mais ou menos, finalmente comecei a sentir as pernas respondendo melhor, então aproveitei para apertar um pouco o passo.


Comecei a buscar uns corredores que surgiam no horizonte e, por incrível que pareça, comecei a alcançá-los! rs

Encontrei o amigo Emidio (que havia feito o trecho final do Desafio 28 Praias de abril comigo) num pasto e o exortei a seguir comigo ("Bora! Vamos encostar naqueles caras!").

Continuei trotando pasto acima e fui encostando nos dois corredores que se encontravam adiante. Passei ambos logo antes do percurso longo se encontrar com o curto, mais ou menos na altura do km 9,5. Dali pra frente se iniciou o trecho mais divertido de toda a prova, quase 2km de descida entre single track, pasto e estrada de terra.






Estava curtindo tanto a descida que baixei a guarda. Assim que entramos de volta na Marina, já faltando menos de 1km para o final, um dos corredores que eu havia passado antes do downhill passou zunindo por mim estrada abaixo. Acordei do meu devaneio e comecei a colocar mais lenha na caldeira. Foi um pouco tarde demais, pois o percurso já chegava ao fim e não haveria mais nenhuma subida que eu pudesse usar em meu benefício.

Cruzei a linha de chegada poucos segundos atrás do rapaz (o que no final não fez diferença já que ele não estava com número de peito, nem com chip...). Não estava valendo nada, mas foi bastante divertido brincar de competição por alguns poucos quilômetros. Finalizei os 12km em 1h04, com bastante alegria nas pernas.

Retirei o kit pós prova, composto de medalha, salada de frutas fresquinha e uma mini garrafa de Busca Vida (esse é o Brasil que eu quero! rsrs) e voltei para a área do pórtico em tempo de ver a Simone e a Cris cruzando a linha de chegada praticamente juntas e com sorrisões estampados nos rostos.



Simone na reta final e Cris surgindo
na esquina


Foi um lindo dia, com um percurso bastante rápido, lindas paisagens (deu até pra ver a Pedra Grande de Atibaia) e a zoeira de sempre. A organização está de parabéns pela estrutura e pelo percurso divertido traçado!

I'm on a boat motherf#cker! Don't you ever forget!
Ainda prefiro as "excursões" longas e lentas, com várias pausas para olhar a paisagem e diversas oportunidades de andar no percurso, mas não posso negar que foi bastante divertido voltar a correr distância curta e em ritmo marromenos acelerado.

A gente se tromba nas trilhas! ;-)


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