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terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Relato - Desafio Pedra do Baú 2019

Conforme postamos em nossas redes sociais ao longo do segundo semestre, tivemos a honra e o privilégio de sermos escolhidos como embaixadores do Desafio Pedra do Baú 2019.

Ao todo foram selecionados 13 atletas - que, de alguma forma, carregam os valores e princípios da organização Mantiqueira Trail Running - para suar a camisa e representar o espírito da montanha nesse lindo evento (e, por alguma razão, nós dois estávamos nesse grupo de notáveis rs).

Para nós é sempre um grande prazer participar dos eventos da Mantiqueira Trail Running. De fato, a gente vem acompanhando o desenvolvimento da organização desde o início de sua história - e é impressionante como eles conseguem sempre evoluir e melhorar o que já era muito bom desde o princípio.

Assim, quando fomos convidados para carregar a camiseta amarelinha dos embaixadores do evento, aceitamos a responsabilidade com muita alegria, mesmo não estando em nossa melhor forma física.

Como já falei nesse blog, o ano de 2019 não foi um ano bom para nós - esportivamente falando. Ainda estamos engatinhando em nosso retorno às trilhas e mesmo correndo apenas pelo prazer de correr, é impossível não nos compararmos com quem éramos e como estávamos em dezembro do ano passado, por exemplo, quando corremos os 24km do Desafio Pedra do Baú.

Considerando nosso volume de treinos desde que voltamos a correr, escolhemos correr os 14km na edição 2019 da prova - e ainda assim, devo admitir, fomos ousados demais! rs

De toda forma, a gente sempre soube que correr era apenas uma pequena parcela do nosso motivo de estar ali (como diz um amigo meu, organizador de uma provinha tranquila no Sul de Minas, "não é só correr").

São Bento é uma cidade que mora no nosso coração desde 2013, quando a visitamos pela primeira vez. Ali já vivemos muitos treinos, muitas provas, muitas farras e muitos momentos felizes entre amigos, e voltar pra cidade é rememorar esse sentimento de bem-estar e de acolhimento. Sempre.

Dessa vez foi ainda melhor, já que nossa netinha (piada interna) passou a morar na cidade e tivemos a oportunidade de passar todo o final de semana causando na casa nova dela! 💕

Fora isso, o Desafio Pedra do Baú é também uma grande festa. Como é praticamente a última prova trail do ano, mesmo as pessoas mais competitivas já estão em clima de confraternização de fim de ano, e essa energia de descontração é palpável no evento e uma coisa que muito nos atrai.

Isso explica, por exemplo, o fato de que ficamos proseando do lado de fora do "curral" de largada e nem percebemos que os 14km já tinham largado! 😂

Saímos correndo, mostramos ao Wilton que estávamos com todo o equipamento obrigatório e subimos a rampa em direção ao pórtico enquanto a Fabi anunciava a última chamada para os atletas de 14km antes de ser dada a largada dos 7km!

MANO! Quase perdemos a largada!
Corre, Cris!

Em pouco tempo alcançamos o Octávio, a Jana, o Ivan e o Marco e voltamos a prosear em ritmo de confraternização de fim de ano, mas dessa vez em movimento pelo menos.


Selfie da turma da fexxta!
Já que fomos os últimos a largar, aproveitei pra efetivamente vestir minha camiseta de embaixador e interagir com o máximo de corredores possível. Então saí lá do fundão e fui avançando aos poucos, filmando e brincando com os demais atletas e reencontrando amigos pelo Deus Me Livre e pelo Bauzinho até iniciar o trecho mais gostoso de toda a prova, que é aquela descida em volta do Complexo do Baú.






Em razão das intensas chuvas que caíram ao longo da semana, a trilha estava escorregando que só, mas eu estava me divertindo demais e aproveitei pra acelerar um pouco para poder filmar mais e mais gente.

Um pouco antes de descermos o Chico Bento, a câmera acusou bateria fraca e desligou. Fiquei um pouco chateado, pois ainda tinha muita gente que eu poderia alcançar e filmar, mas guardei a câmera e resolvi aproveitar o resto da descida.

A cara de quem percebeu que tava lascado



Sem a distração da filmagem, foi só ali que percebi o quanto minhas pernas estavam fadigadas do impacto da descida! As pernas estavam moídas e eu não estava nem no meio da prova ainda! Natural, se considerarmos que de março pra cá eu não fiz nenhum treino acima de 10km e nem mesmo com metade da altimetria dessa prova...rs




Saindo da trilha e pegando a estradinha de terra - ainda descendo - em direção à Cachoeira dos Amores, encontrei o Décio (D-Run), outro embaixador da prova, e começamos a conversar - mas nem o papo estava conseguindo me distrair do fato de que as rodinhas estavam caindo.




Pouco tempo depois entramos num rio de águas claras e deliciosamente geladas, com pedras bastante escorregadias e eu levei um belo tombo, caindo de costas na água, com os braços e pernas para cima, parecendo uma tartaruguinha de barriga pra cima.

Eu, na Cachoeira dos Amores (reconstituição)
Refeito do susto, fui checar se a câmera tinha se molhado e reparei que a bateria tinha voltado a dar sinal de vida, então aproveitei pra filmar um pouco aquele lindo trecho do percurso.


Saindo do belo e escorregadio singletrack da região da cachoeira, iniciou-se a inclemente subida por via asfaltada em direção à chegada.

Filho, se ali até os carros choram pra subir, quem sou eu pra fazer diferente, né? rs

Botei as mãos nos joelhos, dei uma abaixadinha, fui subindo gostoso, xingando a subidinha (É ou não é assim, Edmar? 😂) e apesar das pernas estarem fritando, cheguei até mesmo a trotar em alguns curtos trechos.

O sol estava começando a dar as caras só agora, mas pelo menos eu já estava próximo da chegada, faltando menos de 2km de percurso.

Saindo do asfalto, fomos direcionados para o Morro da Misericórdia, de onde era possível ver e ouvir a arena.










Pouco tempo depois, lá estava eu cruzando mais uma linha de chegada, com as pernas em frangalhos mas cheio de energia e pronto pra prosear até não poder mais com os muitos amigos que lá estavam!





Recuperando o fôlego ao lado dos monstros

Pra variar, foi uma baita prova e uma baita experiência. A organização mandou bem demais, do início ao fim. Ótima estrutura, muitos staffs, arena pós-prova recheada e um percurso matador. Mesmo já conhecendo de longa data o estilo dos percursos de São Bento, não tem como não sair espantado - e se sentindo como se tivesse sido espancado! rs - com o nível técnico das trilhas.

Brinco que São Bento do Sapucaí é tipo aquela pessoa muito intensa, que "não sabe ser pela metade". Você quer subida? Então tome 3km subindo sem parar. Cansou de subir, quer uma descidinha pra desenvolver um pouco? Então lá vai, 4km descendo sem parar. Doeu? Quer mais uma subidinha só pra descansar as pernas do impacto? Toma mais 4km subindo então. O que? Quer um planinho? Então tá no lugar errado! kkkk

Bom demais terminar o ano desse jeito! E que venha 2020, com mais subidas, mais descidas e mais desafios!

Um dos motivos de apertar o passo
na subida final: encontrar minha
filhota que estava na arena!

Felizes =)
A gente se tromba nas trilhas! ;-)



3 comentários:

Unknown disse...

Que maximoooooo, top demais!!!! 2020 estarei nesse desafio.

João Silveira disse...

Showwww! Mais um texto que relata perfeitamente o perrengue e ao mesmo tempo diverte! Foi muito bom ter encontrado vcs e conversado entre uma fatia de bolo e outra! rss
Um ótimo final de ano e um 2020 cheio de novas histórias e relatos!
Abs!

Gabriel C. disse...

Fui te pagar uma cerveja de aniversário e ganhei uma cerveja e uma fatia de bolo. Melhor impossível! rs
Obrigado pelo bate-papo, pelo feedback e por sempre acompanhar nossas presepadas!
Que 2020 seja um ano excelente para todos nós!
Abraço