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terça-feira, 12 de novembro de 2013

D N S - Mountain Do Campos do Jordão

Neste sábado (09.11.13) foi disputado o Mountain Do de Campos do Jordão, com distâncias para todos os gostos (4km, 9km, 18km).

A Cris, eu e mais váááários amigos estávamos inscritos para correr os 9km, enquanto outros amigos da JVM iriam correr os 18km. Ao todo, a JVM levou 40 atletas para Campos do Jordão. A festa era garantida... não fosse a minha inseparável dor nas pernas.

Faz praticamente dois meses que venho me queixando de dores na região das tíbias - a famosa canelite - e ao invés de pegar leve, continuo me inscrevendo em tudo quanto é prova... isso, por óbvio, em nada tem ajudado a minha recuperação.

Depois da prova que disputei em Mairiporã não corri mais. Fiquei só no gelo, pomada e fortalecimento... e mesmo assim a dor não me abandona.

A Cris me disse que se fosse para eu correr o Mountain Do, a gente deveria repetir o que fizemos em Monteiro Lobato (eu estava voltando de lesão e corremos a prova inteira lado a lado, para que eu não me empolgasse e saísse desembestado pelas trilhas, certamente prejudicando minhas pernas). Mas na véspera da prova eu percebi que o melhor mesmo para a minha saúde seria não correr.

Decisão dolorida e difícil de se tomar... Mas acredito que foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado.
Com saúde não se brinca e temos apenas um corpo. De nada adianta querer correr todas as provas do calendário desse ano e arriscar não poder correr nos próximos meses - ainda mais quando tenho grandes planos para a próxima temporada.

Afinal, o que é melhor? Correr um ano a 4min/km ou a vida inteira a 6min/km? Correr mal e com dor 20 provas num intervalo de 9 meses ou correr apenas 6 provas, mas muito bem corridas? A resposta parece óbvia, mas colocar em prática não é tão fácil.

Resumindo, o final de semana foi assim: ponderei bastante e concluí que a atitude mais madura e saudável era escrever um DNS (Did Not Start) ao lado do meu nome na lista de inscritos para a prova e tentar não parecer tão azedo e frustrado por não poder correr.


(...)

Pra não dizer que minha viagem foi perdida, fiquei na reta final desde a largada até o último atleta da JVM cruzar o pórtico, fotografando a alegria de cada um deles ao concluir seu percurso.

Sobre a prova em si, vamos ver se a Cris nos presenteia com um relato mais tarde! rs


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Update: depois de publicar o post, lembrei-me desse excelente texto de um parceiro de assessoria e não tive como não o relacionar com o processo mental que culminou em minha decisão de não correr a prova: http://www.papodeesteira.com.br/blogs/queimando-a-sola/onde-voce-vai-estar-daqui-a-20-anos/

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