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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Correr pelo prazer de correr

Há tempos não sentia o que senti nesse último treino.
Uma sensação diferente do sentimento de dever cumprido ou de conquista - que normalmente acompanha o término de um treino ou uma prova. Algo mais puxado para a sensação de paz e alegria sem propósito.

O treino desse domingo foi rodagem livre e despretensiosa. Sem neuras, sem pace fixo ou pré-determinado, sem meta a bater.
Fazia tempo que não corria livre assim.

Não é que eu não goste de baixar meu tempo, de concluir uma prova difícil, de correr distâncias até então inéditas ou de subir ao pódio da catagoria! Eu gosto sim, e muito! rs
Mas descobri - ou melhor, redescobri - que correr pelo simples prazer de correr é muito gostoso e libertador!

A bem da verdade, a planilha marcava day off para esse domingo, mas o dia estava tão bonito que seria um desperdício deixá-lo passar em branco.

Pois bem, ao invés de irmos até um local x para começarmos o treino, Cris e eu resolvemos correr desde a porta da casa dos meus pais até onde "desse na telha". Eu até tinha um roteiro em mente, mas ele não precisaria ser necessariamente seguido.

E assim fomos. Corremos de casa até a portaria do condomínio, de lá para a portaria de outro condomínio, voltamos, pegamos uma estrada intermunicipal e seguimos até a divisa do município, sempre alternando longas subidas e descidas. Ali, paramos para algumas fotos e voltamos pra casa. Fomos o caminho todo apreciando a paisagem, aproveitando o ar puro e o lindo dia, sem olhar para o relógio e sem ouvir o que o aplicativo do celular dizia a cada km, dando tiro na subida/descida ou reduzindo o ritmo quando a vontade batia. Acho que finalmente entendi o que o mestre quis dizer com "alegria nas pernas". Neste domingo, senti essa alegria.





A última vez que me lembro de ter sentido isso foi nas férias de janeiro, quando saí pra dar um trotezinho inocente em Strasbourg, na França, e encontrei placas indicando a fronteira com a Alemanha não muito longe dali. Segui correndo e navegando pelas placas de trânsito, tirando foto de tudo e de todos (eram poucos os acordados e na rua naquela manhã de inverno). Cheguei até a Alemanha, sentei num restaurante para uma cerveja e um strudel (acho que ninguém ali entendeu a combinação rs), corri por duas praças/parques da cidade e voltei trotando para a França. Não fosse a corrida, não teria visitado a Alemanha! rs


















Trajeto percorrido no meu trote transnacional rs


Aliar corrida e turismo/passeio é juntar a fome com a vontade de comer! Altamente recomendável e inspirador!

Na próxima vez que sair para rodar, experimente deixar o relógio em casa e deixar que suas pernas mostrem o caminho, sem um roteiro ou destino fixo e sem horário para chegar lá. Acredito que você vai gostar!


3 comentários:

Magaly disse...

E cá estou novamente, como não poderia ser diferente, acompanhando esse blog, e é tão gratificante, ler esses relatos,o entusiasmo e a felicidade que transparece em cada frase, me convida hehe, só não embarco nessa, pois estou proibida, mas com certeza nos contagia.
Parabéns, mais uma vez pela determinação dessa dupla, continuo fã de carteirinha e torcendo sempre, para que todos os desafios sejam motivo de alegria.:)

Diego Denega disse...

Essa sensação de partir rumo ao desconhecido é uma das mais legais que a corrida proporciona. Esse transnacional então foi o máximo. Vocês já participaram de alguma corrida de trail\montanha aqui no PR? Temos algumas provas bem interessantes. Abraços!

Gabriel C. disse...

Olá, Diego, obrigado pela visita e pelo comentário!
Faz tempo que estou de olho no calendário de provas aí do PR! Vontade eu tenho muita, mas ainda não tive a oportunidade! Sou particularmente curioso com relação às provas em Tijucas do Sul e K21 Curitiba! Se tudo der certo, em breve voltarei a correr normalmente e ano que vem planejo uma(s) visita(s) aí! rs
Abraços!